quarta-feira, novembro 02, 2011

ARGUMENTAÇÃO BÍBLICA PARA A NÃO ORDENAÇÃO DE MULHERES AO PASTORADO




Gostaria de compartilhar esse assunto polêmico que hoje já se tornou comum em muitas igrejas evangélicas. A ordenação de 'pastoras' é realmente bíblico ou não?  É simplesmente modismo, manifestação de um desejo que se camufla na hipótese de um chamado? Dentro do tema FICÇÃO OU VERDADE, procuraremos encontrar algumas respostas para esse dilema que é preocupante, e que muitos preferem deixar de lado, e preferem dar de ombros, e deixar rolar sem ao menos tentar entender mais sobre o assunto.


A questão da ordenação de mulheres ao ministério da Palavra tem sido objeto de discussão por parte de muitas pessoas em igrejas e seminários. É um assunto tão delicado que alguns preferem nem mesmo se pronunciar sobre ele. Normalmente, esse tema tem sido discutido mais sob a ótica cultural dos tempos bíblicos em relação ao tempo atual e dos direitos de igualdade entre homem e mulher. Por isso mesmo tem causado constrangimento em alguns meios, tornando-se um assunto melindroso. O debate tem sido mais em torno desses aspectos culturais e pessoais do que necessariamente exegético e talvez seja essa a razão do incômodo.
As posições giram sempre em torno de três opções: A primeira diz que mulher pode ser pastora; a segunda declara que a mulher não pode ser pastora e, a terceira afirma que não tem posição. De forma geral, aqueles que defendem a ordenação feminina ao pastorado usam argumentos baseados no avanço da civilização, na modernização dos tempos, no progresso humano e a crescente participação da mulher em outras áreas da sociedade. Nessa mesma linha, outros consideram simplesmente inevitável que as mulheres sejam ordenadas pastoras, pois, segundo pensam, essa é uma tendência irreversível. Naturalmente, ainda há aqueles que pensam sob o ponto de vista da igualdade e analisam a nova sociedade que Cristo construiu, fazendo de ambos um só povo, onde não há distinção entre homem e mulher (Ef 2.14-16). Do segundo grupo, que é contrário à ordenação das irmãs, alguns são simplesmente machistas, e não ponderam o assunto com sobriedade, e acabam relegando às mulheres uma posição quase humilhante. Alguns simplesmente ignoram as questões mais simples da teologia, sociologia, entre outras, para oferecer uma posição consistente. O terceiro grupo está dividido entre aqueles que temem ser dogmáticos por não encontrarem subsídios, e aqueles que não se importam com o assunto, como se isso não lhes dissesse respeito ou fosse importante.
No entanto, esse artigo deseja desafiar o leitor a uma reflexão teológica do assunto. Apesar de reconhecer que todos devem sempre considerar os tempos, e as mudanças culturais, creio que a Bíblia deva ser sempre o primeiro e último escrutínio para uma decisão assim. Como pastor, o espírito precisa ser bíblico, mesmo que isso implique em posicionamentos contrários à cultura ou à tendência por mais inevitável que seja. A voz profética, aliás, nem sempre obteve respaldo da moda. Tendo como base os escritos de alguns autores comprometidos com a Bíblia, quero propor a análise de determinados textos sagrados para provocar uma reflexão consistente em cada um (pelo menos que sirva de ponto de partida), para depois chegar a uma conclusão.

A pesquiza abaixo foi feita por minha esposa Luiza do Valle Faria, compartilho com todos e espero que possamos todos  vir a nos preocupar mais, sobre esse tema tão controverso:

[...]Uma igreja que se deixa guiar pela “autoridade espiritual de uma pastora” está em pecado.
 O esforço que se tem feito para ordenar mulheres ao pastorado, não significa que se quer 'valorizar a mulher', o que se faz, na verdade, é questionar a própria Palavra de Deus.
Isto é rebeldia, rebelião, e o que está no coração dos que assim se levantam é feitiçaria e idolatria.

A figura da “pastora” é mais um exemplo da apostasia dos últimos tempos que haveria de vir sobre a terra. A apostasia chegou, e o espírito de 'Jezabel' está ocupando o púlpito das igrejas.

A mulher não pode exercer autoridade espiritual na igreja de Cristo. A mulher que fizer isso estará usurpando uma autoridade que não é sua. Isto é pecado de rebeldia.

Querer fazer o papel que Deus não lhe deu é pecar como Saul, que fez as vezes de sacerdote sem ter sido ungido para esse ministério. Ele foi ungido rei, a pedido do povo que suspirava por um.  E o que ele fez foi um ato reprovável. O profeta Samuel disse: “porque a rebelião é como o pecado da feitiçaria...” I Sam 15.23a. Rebelião é rebeldia, rebelião é como o pecado da feitiçaria.

Uma mulher temente a Deus jamais se deixaria ordenar pastora. Jamais se apresentaria diante de uma comunidade para ser guia de almas. Sentir-se-ia incomodada por ser chamada de “bispa” ou “pastora”. Isto não lhe ficaria bem. O uso seria impróprio e indevido. As que assim se submetem, tem o espírito de Gideão, que foi chamado para ser Juiz do povo de Deus, mas cobiçou ser sacerdote.

Estamos vivendo a época das “pastoras”. Saibam todos: elas não foram chamadas, se auto-apresentaram para o que não foram comissionadas! Se intitulam “pastoras” sem terem sido vocacionadas (chamadas) por Deus. Essas mulheres nem estão se dando conta do grave perigo: se colocar debaixo do juízo divino por rebeldia.
[...]A pergunta é: Então, Deus não chama uma mulher para o pastorado? Não, Deus não quebra o princípio de autoridade estabelecido por Ele mesmo. A vocação (chamado) pastoral não é uma questão de ter capacidade ou não para desempenhar o ministério. Não é o caso de se dizer que o homem é pastor porque é mais capaz.
Ninguém pode pôr em dúvida a extraordinária capacidade de uma mulher, pois ela é tão capaz quanto o homem, pode fazer tudo o que ele faz. A questão é de autoridade espiritual, de vocação divina, de vontade de Deus.
Enfim, a questão é de obediência aos princípios estabelecidos por Deus. Uma mulher cristã jamais deveria 'cobiçar' autoridade espiritual, nem sobre seu marido, nem sobre sua família, nem na Igreja de Cristo.
Buscar ou fazer isto é rebeldia contra o Senhor. [...]Cobiçar autoridade espiritual é cair no mesmo pecado daquele querubim que foi expulso do céu, o Diabo. Quis ser aquilo para o qual não fora constituído nem revestido. O que ele cobiçou isto ele tem passado para as mulheres. O que aconteceu com ele, acontecerá com essas mulheres “pastoras”.
O marido cristão não deve permitir que sua mulher seja pastora. Consentir com isso é não levar a sério a Palavra de Deus.
Uma igreja que se deixa dirigir por uma “pastora” está em rebeldia para com a Vontade de Deus.
Portanto, a mulher não foi revestida pelo Criador de autoridade espiritual sobre o homem, daí não poder exercer governo espiritual, reger, dirigir, pastorear o povo de Deus. [...]Pastorear é superintender o povo de Cristo; alimentar e apascentar espiritualmente o rebanho.
O pastorado foi constituído para "assistir ao povo", cuidar das almas, dirigir as ovelhas com justiça e verdade.
RESUMINDO: pastorear é governar o povo de Deus edificando-o em todos os setores e aspectos da vida. A mulher, por uma questão de “princípio de autoridade”, não pode ser 'pastora', exatamente por não poder governar, nem reger, nem superintender a Casa de Deus, como se “pastor” fosse. O pastoreio é um ofício essencialmente espiritual.
Para o seu exercício é indispensável uma chamada da parte de Deus que se faz acompanhar de um revestimento de autoridade. À mulher não foi dada essa função espiritual, ela não recebeu de Deus autoridade para liderar espiritualmente à Igreja.
Ainda que a mulher tenha virtudes sublimes como a da simpatia, carisma natural, afabilidade, ela não foi ungida por Deus para dirigir as ovelhas de Cristo. Por conta desse princípio de autoridade que vem desde o Éden, Deus vocaciona alguns homens, designando-os para dirigirem Seu povo. [...]São os pastores.
ATENÇÃO: É bem verdade que há o registro do nome de mulheres no serviço do reino, nunca, porém, exercendo o pastorado.
Jamais foram mencionadas como “apóstolas, bispas ou pastoras”.
Essas mulheres jamais exerceram a liderança espiritual da igreja.
[...]Há os que são defensores ardorosos do pastorado feminino, afirmam que estamos vivendo novo tempo, nova sociedade, nova mulher, nova igreja! Não devemos por outro fundamento ao que já existe... Mas é bom que se saiba que o rumo da igreja não se define pela 'Sociologia', mas com Teologia Bíblica.
Se a mulher pode ou não ser pastora não é decisão dos machistas ou feministas. Também não se trata de alienação cultural. Porém, a posição deve ser de acordo com a Palavra de Deus, que apresenta um Senhor que vela pelos princípios que haveriam de reger sua igreja.
Deus não revestiu a mulher de autoridade espiritual para pastorear, então, quem pode alterar os princípios divinos, sem incorrer no pecado de rebeldia?

Perceba a insatisfação de Deus: “...os opressores do meu povo são crianças e mulheres estão à testa do governo do meu povo. Oh! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho por onde deves seguir”. (Is 3.12).

O NT nos apresenta o Senhor chamando homens para pastorear. Encontramos homens sendo ordenados para o presbiterato (At.14.23)

E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido; enquanto nenhuma mulher fora chamada; O Senhor constituiu bispos, mas não se encontra nenhuma mulher sendo vocacionada para ser bispa (esta palavra não foi usada na época) (At.20:28)
"Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue;" em Filipos são encontrados bispos e não se vê destaque para "bispas" (Fp.1:1)
Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos: Paulo instruiu sobre a ordenação dos bispos (presbíteros, pastores), mas não ensinou sobre a ordenação de mulheres; (1Tm.3;1-5) "1  -  Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 - Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 - Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; 4 - Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia; 5 - (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);"
A ordenação para o sagrado ministério era realizada pela imposição das mãos do Presbitério. O Presbitério era formado por pastores e presbíteros. Todos eram do sexo masculino. O Presbitério tinha dentre outros atributos ordenar homens para o pastorado (1Tm.4:14).
Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. Lendo sobre a igreja em Creta vemos que apenas homens foram indicados para o presbiterato (pastoreio) (Tt.1:3).  Mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador;
Nas epístolas de Pedro não se encontra nenhuma menção às mulheres, como apascentadoras do rebanho. (1Pe.5:1-4);
1 - Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:  "2 - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 - Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho; 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória."
I Tiago não diz que as “ presbíteras”, “bispas” fossem chamadas para orarem pelos enfermos. Está dito: Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; “chamem os presbíteros...”(estes exercem a função pastoral) (Tg.5:14).
O escritor aos Hebreus não menciona mulheres entre os guias da igreja, (Hb.13:7,17) "7 - Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver. 8 - Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. 9 - Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça, e não com alimentos que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram; 10 - Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. 11 - Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. 12 - E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. 13 - Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. 14 - Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura. 15 - Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome. 16 - E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada. 17 - Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil."
Ele convoca o rebanho para olhar para o passado e lembrar dos guias (pastores) que no passado estiveram entre eles, pastoreando.
Na igreja primitiva não havia [...]pastoras, bispas, presbíteras, apostolas.(?)

Isto é modismo dos últimos tempos.
Aquele que ser grande seja o 'menor' seja servo. Portanto, a mulher não recebeu de Deus autoridade para pastorear, não recebeu o chamado para fazer isto. Ora, então, nesse caso elas têm seguido aos apelos de seu próprio coração. Vaidade. Elas se apresentam deliberadamente ou são seduzidas para exerceram o ofício para o qual não foram ungidas por Deus. Observe os argumentos e os versículos fora de contexto... Reconhecer que eram e éramos pode parecer e é difícil  à aquelas que já foram ordenadas. Vamos julgar o que é certo se o próprio Deus inspirou homens a escreverem as Escrituras Sagradas e ela afirma que passarão céus e terra mas a minhas palavras jamais hão de passar. Julgue por si. Estaria Deus em algum livro equivocado?

[...] Sejamos Bereanos, busquemos fazer o que é certo.
Shalom Adonai

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